Nickolas Sobral
Foto: Arquivo
Em entrevista neste domingo a Super Rádio Tupi, Rubens Lopes, presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, falou sobre o Campeonato Carioca 2011.
O presidente da FERJ falou sobre a ausência do Maracanã, maior palco do futebol brasileiro, em 2011. Rubens, acredita que o campeonato não perde seu charme sem o estádio e ressaltou os dois últimos títulos brasileiros consquistados por times cariocas.
“Acho que vai ser um campeonato atrativo, temos o atual e anterior campeão brasileiro e conseguimos nos equiparar a São Paulo. Hoje nós temos quatro grandes clubes de São Paulo na primeira divisão e quatro clubes do Rio de Janeiro. Chegou uma época que eles chegaram a ter oito.”
Rubens Lopes admitiu uma perda considerável de público sem o Maracanã, já que o Engenhão comporta 40 mil lugares a menos que o Maracanã.
“O impacto de público vai ser razoável. Nós temos que tomar algumas medidas e nos empenhar para tentar compensar esse impacto da perda do Maracanã. Se você considerar só as oito partidas de semifinais e finais, com a diferença de 40 mil lugares do Maracanã para o Engenhão, são 300 mil pessoas a menos. Nós temos que aumentar a taxa de ocupação dos estádios durante todo o campeonato para compensar a perda.”
Ainda falando de estádios, Rubens Lopes criticou os clubes no tratamento ao seu torcedor, no caso da venda de ingressos. Ele disse também, que a FERJ é a responsável na hora da distribuição de ingressos e a responsabilidade é dos clubes na hora de contratar empresas responsáveis por esse serviço.
“Temos alguns problemas crônicos, como a venda dos ingressos, que é um ponto não resolvido. Até porque a federação não tem nada a ver com a distribuição de ingressos, isso cabe exclusivamente aos clubes. E eu não sei porque o prestador de serviço não presta um serviço de qualidade. A gente acaba recebendo promessas pela manhã e desculpas pela tarde (dos clubes). Isso vem se repetindo e é o torcedor quem sofre”.
Finalizando, Rubens Lopes falou que a federação pode até sinalizar sobre os problemas, mas caso o clube não o resolva, ele será multado com uma multa pesada.
“O que nós podemos fazer é sinalizar as deficiências e estabelecer até algumas sanções que colocamos no regulamento, mas o efeito na prática não é tão eficaz. E olha que são multas pesadas, mas eles (clubes) não têm efeito na prática. Nós temos uma deficiência muito grande com relação a estádio, pois nós só temos o Engenhão capaz de receber os clássicos. De acordo com a nossa tabela, os grandes estão escalados para jogar com os pequenos na casa dos pequenos quando o mando for do pequeno, mas alguns estádios têm limitações com relação ao horário. Alguns deles não têm iluminação e eles não se prepararam adequadamente para isso", finalizou Rubens Lopes.
0 comentários